Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Terceirização da mão-de- obra: solução para a crise ou sucateamento dos direitos trabalhistas?

Redação enviada em 28/03/2017

A indústria têxtil global e a onda da grandes marcas, Fast Fashion, apropriam-se da terceirização da mão de obra, em países pobres, para produzir com um baixo custo. A terceirização em atividades-fim, como ocorre nesses países, trazem muito mais impactos negativos a uma sociedade do que um surto de emprego pode cobrir. Os tão arduamente conquistados direitos do trabalhador dão lugar ao homem objeto do mercado: inanimado e substituível. As atividades-fim, que o governo brasileiro pretende tornar terceirizáveis, são muito representativas na economia brasileira. A transição de um modelo de altos encargos, referente a um funcionário, ao composto, com a terceirização, beneficiará as empresas-reduzindo os custos e impulsionando os investimentos no Brasil. Entretanto, isso não torna a vida da população melhor. Apesar de criar mais empregos os salários médios são reduzidos, apenas 75% do salário de um empregado direto- segundo a Central Única dos Trabalhadores(CUT), a insalubridade costuma ser maior no ambiente de trabalho e, além disso, tem-se um maior índice de acidentes com trabalhadores terceirizados- em 2011 dos 79 mortos em acidentes do setor elétrico 61 foram de trabalhadores de empresas terceirizadas, segundo CUT- o que gera um grande acréscimo nos gastos do SUS e INSS. A terceirização torna o homem um objeto substituível, para o mercado. O trabalhador torna-se parte de um “pacote” oferecido a empresa que o contrata. Assim, os danos referentes ao trabalhado não são reparados por essa que o contrata, apenas substitui o terceirizado logo em seguida. Esse modelo de relação trabalhista funciona como uma forma de acabar com a responsabilidade do contratante com o empregado- não há uma responsabilidade na demissão, nos acidentes de trabalho e na disponibilização de benefícios que seriam dados caso fosse um contratado direto, como o vale alimentação e transporte. Em suma, a terceirização das atividades-fim não são capazes de pôr um fim à crise econômica que o Brasil vive, mas, sim, tornar pior a situação do trabalhador. Logo, cabe ao estado brasileiro, ao invés disso, reduzir as taxas tributárias referentes aos funcionários diretamente contratados pelas empresa, afim de tornar mais viável as empresas a contratação. O investimento em cursos técnicos, por parte das empresas, é uma boa forma de reduzir os acidentes de trabalho e manter um profissional eficaz e duradouro, o que não gera mais tantos gastos com rescisões contratuais.