A lei da terceirização, que está em votação, libera o trabalho terceirizado em todas as atividades, inclusive atividades essenciais e específicas, possibilitando que toda ou a maior parte de uma empresa trabalhe com mão de obra terceirizada. Com a criação de uma nova sociedade sem contrato social, acredita-se que o Brasil será modernizado, porém o país estará caminhando para o retrocesso. Esse novo modelo trabalhista será o fim de qualquer esperança de coesão social e solidariedade, acentuando cada vez mais a desigualdade social já vigente no país. Com o início do desenvolvimento desumano no Brasil, ocorrerá a estagnação do IDH (índice de desenvolvimento humano) e implementação de um modelo escravista moderno no qual as leis trabalhistas serão sucateadas e as relações precarizadas. Tal precarização das relações trabalhistas, enfraquecerá os sindicatos e aumentará o desemprego, visto que trabalhadores terceirizados podem ser demitidos a qualquer momento, sem aviso prévio e sem remuneração no caso de demissão sem justa causa. Ademais a esses problemas, tem-se a perda de benefícios essenciais, como piso salarial, plano de saúde, seguro desemprego, licença maternidade e outros. Nessa situação, a única beneficiada será a empresa, que reduzirá gastos com empregados, pois trabalhadores terceirizados recebem 30% menos que outros trabalhadores e têm uma carga horária 7% maior. Portanto, caso a lei seja implementada, é necessário que o Ministério do Trabalho garanta a estabilidade financeira do trabalhador. Mantendo as leis trabalhistas em vigor e preservando os benefícios, principalmente o piso salarial. Só assim o retrocesso será evitado e o país poderá idealizar um futuro no qual a igualdade social não será uma utopia.