Terceirização da mão-de-obra: Solução para a crise ou sucateamento dos direitos trabalhistas A crise econômica a qual nosso país está passando elevou a busca por terceirizados. Nesse contexto, em março, a câmara aprovou a lei que libera o trabalho terceirizado em todas as atividades das empresas privadas e no serviço público. Aqueles que a defendem esperam que sua implantação contribua para a superação da instabilidade econômica vivenciada atualmente. Porém, as mudanças que ocorrerão provocarão a precarização das relações de trabalho não contribuindo para melhoras econômicas e não assegurarão os direitos trabalhistas. No Brasil com a aprovação da nova lei não só as atividades meio a exemplo, de limpeza e segurança, poderão ser terceirizadas mas também as atividades fim. Com isso o que se espera é que em meio a presente crise de capital haja a geração de novos empregos. Contudo, com a nova lei muitos trabalhadores serão demitidos e, na sequencia recontratados por outras empresas com salários e benefícios reduzidos já que as empresas prestadoras de serviços visando ao lucro provocarão o arrocho de salário e supressão de direitos trabalhistas. Além disso, a terceirização incide mais intensamente sobre os setores historicamente discriminados como mulheres e negros contribuindo para um modelo de flexibilização que os tornam ainda mais vulnerável não contribuindo para melhoras sociais e econômicas. Esses cidadãos ganhando menos, trabalhando mais e mais sujeitos aos acidentes de trabalho faz com que a terceirização torne-se uma opção ruim para a economia nacional já que reduz a renda dos trabalhadores retirando seu poder de compra e dessa forma prejudicando o próprio mercado nacional. Tida por alguns como meio de superação da crise a terceirização visa a redução de gastos pelas empresas e isso tem se dado através da supressão de direitos sociais e econômicos do trabalhador não contribuindo para melhoras socioeconômicas . Diante disso, é necessário que haja uma maior fiscalização dos direitos trabalhistas para que os mesmo não sejam violados dando condições de igualdade e equidade salarial tanto ao trabalhador empregado por contrato direto como aqueles terceirizados garantindo assim o sucesso econômico dos cidadãos e consequentemente contribuindo para o crescimento econômico de nosso país.