Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Terceirização da mão-de- obra: solução para a crise ou sucateamento dos direitos trabalhistas?

Redação enviada em 25/03/2017

A terceirização é uma ferramenta estratégica na qual uma empresa contrata os serviços de outra para a realização de atividades que não estão relacionadas diretamente ao produto final, como serviços de manutenção, limpeza e segurança. Porém, discute-se a possibilidade de terceirizar atividades-fim, que, se aprovada, poderá reduzir os benefícios dos trabalhadores, além de diminuir a qualidade da produção. Segundo dados coletados pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), a jornada de trabalho de um indivíduo contratado por uma empresa terceirizada é de 43 horas, três a mais do que de indivíduos contratados diretamente por uma empresa. Além disso, a remuneração de um funcionário terceirizado é quase 25% menor do que de um não terceirizado, com ainda tendência de permanecer no emprego por metade do tempo de um colaborador empregado diretamente. Nota-se então que, em atividades terceirizadas, o funcionário trabalha mais em troca de um salário menor e sem garantias de um emprego por um longo período. Somado a isso, a terceirização de atividades-fim, ou seja, da atividade prevista no contrato social da empresa, pode ocasionar a perca da qualidade do produto ou serviço proposto, já que a principal tarefa a ser realizada ficará sob a responsabilidade de terceiros. Com isso, percebe-se que, além do trabalhador que terá seus benefícios reduzidos, o consumidor final também será prejudicado, pois consumirá um produto ou serviço de qualidade duvidosa. Dessa forma, fica evidente que ao invés de seguir a tendência mundial e investir na terceirização de atividades-fim, as empresas devem preferir investir na qualificação de seus trabalhadores para que eles realizem um serviço de qualidade, garantindo a reputação da empresa, mesmo que a um custo de mão de obra mais elevado. Com isso, a empresa evita um possível fracasso e, consequentemente, a necessidade de realizar o caminho reverso, optando por uma primeirização.