Título da redação:

Por um futuro digno

Tema de redação: Terceirização da mão-de- obra: solução para a crise ou sucateamento dos direitos trabalhistas?

Redação enviada em 29/03/2017

O Brasil está, há cerca de sete anos, enfrentando uma crise complexa que elevou assustadoramente a taxa de desemprego, e nesse ambiente hostil brotou uma possível salvação: a terceirização da mão-de-obra. Entretanto, ainda que esta seja a melhor saída, por ora, é importante que as empresas prestadoras de serviço reformulem a maneira que lidam com o trabalhador. Se o trabalho dignifica o homem, as corporações terceirizadas estão distantes de honrar os direitos trabalhistas. Há uma semana, dia 22 de março, foi aprovada pela Câmara de Deputados uma lei que amplia as possibilidades de serviços das empresas terceirizadas. E, se tratando de um país que possui aproximadamente 12 milhões de desempregados, essa lei poderá auxiliar muitas pessoas que , sem emprego, sofrem ainda mais com a inflação e a acumulação de dívidas. Além disso, as empresas poderão se especializar e abranger os setores de serviço, aumentando também a competitividade entre elas e, consequentemente, a qualidade dos trabalhos oferecidos. Todavia, muitas vezes, tais instituições desrespeitam os direitos trabalhistas, elevando a carga horária e pagando o mínimo pelo serviço efetivado. Outrossim, deve-se alertar as condições de trabalho, que frequentemente são péssimas, evidenciando riscos de acidentes que podem levar a morte do trabalhador. A baixa qualificação dos proletários sentencia-os para firmas que tenham essa realidade terrível. Portanto, para que a terceirização seja a solução para os problemas advindos com a crise, é necessário a reformulação da maneira que lidam com o trabalhador. Logo, o Ministério do Trabalho deveria exigir dessas empresas a regulamentação da carga horária, das condições de trabalho e dos salários segundo cada função exercida. Os sindicatos de trabalhadores terceirizados poderiam se reunir junto ao Legislativo e ao Ministério do Trabalho a fim de formularem leis adequadas para este setor. Por fim, é preciso que o governo imponha às instituições terceirizadas que hajam cursos frequentes para os trabalhadores aprofundarem seus conhecimentos e poderem sonhar com um futuro digno.