No atual Brasil, é, definitivamente, impossível não sentir os efeitos da crise que assola o país nos diversos setores sociais. Entretanto, é o setor trabalhista que mais sofre alterações: demissões, menos contratações, diminuição de salários, etc. Em contraposição a isso tudo são realizadas investidas legislativas, na tentativa de frear a crise e restabelecer a economia. Uma dessas investidas é a terceirização, que consiste basicamente, na contratação de funcionários por intermédio de uma outra companhia. Esse processo já ocorre em muitas empresas, no entanto, somente para atividades-meio (vigilância, manutenção, limpeza, etc). Recentemente fora aprovada a lei da terceirização. Essa, amplia a possibilidade de oferta, também, para atividade-fim, que inclui atividades mais específicas dentro de determinada empresa. Embora essa iniciativa abra novas oportunidades de emprego, ela requer aos trabalhadores maior qualificação e disposição a uma estabilidade menor. Um funcionário tipicamente terceirizado em relação a um tipicamente contratado possui uma jornada semanal cerca de 7,5% maior e uma estabilidade 53,5% menor, segundo dados do Rais 2013. Diante desse cenário polarizado, é notável que não se trata de um “sucateamento" dos direitos do trabalhador, mas, de fato, uma decisão visando estabelecer um consenso entre a classe trabalhadora e a classe empresarial, de forma a haja uma saída eficaz no que tange o problema da crise brasileira.