Título da redação:

Paradoxo da terceirização no Brasil

Tema de redação: Terceirização da mão-de- obra: solução para a crise ou sucateamento dos direitos trabalhistas?

Redação enviada em 15/04/2017

No ano de 1943, durante o governo de Getúlio Vargas, foi criada a CLT (Consolidação das leis do trabalho), a qual gerou inúmeros direitos trabalhistas, como férias e o 13º salário. Indo em contrapartida à essa evolução, surge a proposta da terceirização para atividades-fim no país, ocasionando a revolta de muitos trabalhadores, em virtude dos seus direitos, porém ocasiona também o apoio de outra parcela da população. Segundo estudos da CUT (Central única dos trabalhadores), funcionários de locais terceirizados recebem 25% menos em salários e trabalham 7,5% a mais que outros empregados, sendo evidente a desproporcionalidade entre tais relações de trabalho. Além disso, existem diversas acusações da terceirização ser uma porta de entrada ao trabalho escravo, principalmente em empresas que se localizam em regiões longínquas, representando uma precarização de modos de trabalho, e desrespeito nítido aos direitos humanos. Todavia, muitos cidadãos apoiam esse projeto, afirmando necessárias novas relações trabalhistas, e também, por países desenvolvidos como Suíça e Canadá possuírem, em maioria, tais medidas. Entretanto, é preciso observar que o Brasil possui uma estrutura, tanto financeira quanto física, diferente desses locais, tornando-se um argumento precipitado. Nesse sentido, nota-se vantagem apenas para grandes empresários, que acabam tendo benefícios ao contratar terceirizados. Portanto, são necessárias novas formas de seleção trabalhista, sem a total inserção da terceirização. Cabe ao poder legislativo, criar leis que permita o trabalhador terceirizado possuir leis trabalhistas, e encaminhar ao governo. Cabe a polícia federal, investigar tais condições dos empregados, ao iniciar operações com esse objetivo. Cabe aos parlamentares, vetar esse projeto, demonstrando argumentos contrários à essa ideia