Ainda mantendo sua essência de individualização, demarcação e etc com o passar dos séculos, podemos exemplificar a tatuagem como um dos artifícios utilizados contra a hegemonia do convencional, auxiliando na singularidade do individuo. A sociedade contemporânea tem como uma de suas características o termo "sociedade de massas", tendo seus desejos e interesses padronizados, onde perde-se a originalidade a favor do comum e aceitável. Desestabilizando o padrão imposto pelo mesmo, a tatuagem, que uma vez foi muito requisitada e bem conceituada junto aos povos da Antiguidade (Mesopotâmicos, Egípcios e etc), retorna atualmente adquirindo adeptos de todos os gêneros e idades, com uma crescente na puberdade e principalmente entre as mulheres, graças sua diversidade quanto ao formato, cor, desenho, tamanho, significado e entre outras características. Assim como a pintura, a tatuagem possibilita infinitas criações, onde o corpo torna-se uma tela e o tatuador o artista, que com sua peculiaridade dá ao desenho final originalidade. Além disto, a tatuagem não possui distinção de classe, gênero e etnia, todos podem aderi-la de acordo com seus respectivos gostos, o que incentiva, uma coletividade, uma identificação entre grupos com interesses em comum. Contudo, ainda há grande preconceito acerca do tema, sendo considerado um tabu contemporâneo, por esta razão, a exposição desta arte via telecomunicações - principalmente a televisão que apesar de não ser tão utilizada como a internet atualmente continua senda umas das maiores formadoras de opinião mundial - é essencial para aceitação, pois acoberta-la irá apenas a incentivara o conceito de proibido, vergonhoso ou errado, quando na verdade é apenas uma representação da arte individual, ou coletivo, no próprio corpo.