A tatuagem, como toda arte, pode ser considerada uma forma de se expressar, entretanto os desenhos na pele proporcionam restrições ao adeptos ao uso da tatuagem que são atreladas, comumente, à reação da sociedade. As diferenças sempre foram um fator de estranhamento da sociedade. Antigamente, as diferenças eram tão oprimidas que aqueles que detinham escolhas contrárias ou opiniões distintas eram oprimidos ferozmente, tais como filósofos, homossexuais, dentre outros que simplesmente, pensavam de outra forma. Esta situação, embora antiga, permanece na sociedade de forma inferior, porém significativa, revelando um preconceito persistente. No atual contexto, percebe-se a seguinte situação: ao supor que numa entrevista de emprego, na qual há a disponibilidade de uma vaga de um emprego “mais formal” haja dois concorrentes. Um com tatuagem na mão e no rosto e outro sem alguma. Não é preciso dizer quem conseguiu o emprego, pois mesmo que o primeiro concorrente seja mais qualificado, é provável que o segundo, se este atender ao mínimo possível, garante a sua vaga. Esse fato transparece as situações em que os tatuados, os de cabelo colorido, os de estilo variante, isto é, os que fogem as regras estéticas da sociedade sofrem. Diante do exposto, percebe-se que as escolhas estéticas como a tatuagem se tornaram fator de exclusão, o que é errôneo e preconceituoso diante de um país detentor de tantas diferenças, a exemplo do Brasil. Este fato poderia ser resolvido com o melhor abordamento das diferenças culturais nas escolas. Talvez a criação de uma disciplina que aborde um conteúdo aprofundado das mais diferentes culturas seria um primeiro passo para a aceitação das diferenças no próprio país da criança tais como a escolha do uso da tatuagem.