Esta forma de arte- a tatuagem-, há muito tempo já se fazia presente nas culturas humanas. Transcendendo os séculos, não é apenas um fenômeno contemporâneo. Porém, apesar de seu indubitável aspecto sociológico/filosófico, essa forma de expressão da identidade, ainda é alvo de preconceitos. Não há dúvida, tendo em vista o seu aspecto histórico/cultural que a arte de pintura dos corpos é um meio de reconhecimento e construção de identidades. Como evidencia-se que nas mais diferente culturas, separadas geográfica e cronologicamente, já ansiavam-se por representar seus ritos religiosos, de passagem e a vida cotidiana através dessas. Ainda que seja claro o seu caráter milenar, os tatuados, ainda são vítimas de discriminações e preconceitos. Esses, praticados por pessoas que muitas vezes desconhecem o real significado pessoal e social das tatuagens, criando, estereótipos e baseando-se em raciocínios silogísticos para embasarem suas agressões. Embora, como exemplo, essa pintura seja comum nos presídios, esse fato não faz de todos os adeptos presidiários transgressores da legalidade. É evidente que embora seja notório o valor desse tipo de manifestação artística para a cultura, ainda há uma minoria que bitola-se em relação a isso. Para que mudanças efetivas sejam alcançadas, é necessário um esforço em conjunto das instituições de ensino - incentivando a produção artística e cultural-, e do governo- criando leis concernentes à pauta, a fim de valorizar e proteger legalmente essa expressão artística e de identidade.