A concepção que se tem para uma tatuagem é variada para cada pessoa, pois identificam-se uma série de crenças e opiniões envolvidas, muitas delas baseadas em reflexos de nossa história. Estima-se que a tatuagem está presente na vida do homem a cerca de 3500 anos, sendo utilizada até por faraós do século VII d.C. Neste longo período até os dias atuais muitas foram a utilização desta, de certa forma para definir alguma identidade, mas nem sempre para o mesmo fim. Algumas tribos indígenas utilizavam as tatuagens para diferenciar-se de outros povos e também para identificar cada membro hierarquicamente, muitas ocorriam até mesmo em eventos e rituais. Até hoje, algumas tribos que vivem na reserva florestal do Xingu, mantem viva esta cultura e suas tradições. As tatuagens também serviram para identificar presos da Segunda Guerra Mundial. Muitas pessoas que não eram consideradas como a “raça pura ariana” pelos alemães eram levadas aos campos de concentração - como em Auchiwitz, por exemplo – onde eram identificados com uma tatuagem numérica, como se fossem catalogados. Além de negros, homoxessuais e pessoas com deficiências físicas e psíquicas, os judeus faziam parte deste quadro e até hoje não permitem tatuagens para seus seguidores devido às atrocidades vividas na época. Nos casos supracitados a tatuagem serviu como forma de identificação do ser humano, mas de formas extremamente diferentes, levando ao entendimento da influência que está marca pode trazer para cada pessoa. Assim como temos, hoje, muitos jovens impedidos pelos pais para que se tenha uma tatuagem devido a um preconceito enraizado do passado, onde apenas presidiários possuíam tatuagens para identificação de suas “gangs”. Apesar das crenças e dos preconceitos que foram se criando ao longo da história, é sabido que a realidade aos poucos vem passando por mudanças, jovens e adultos, muitos já formados e com poder aquisitivo aderiram às tatuagens como forma de expressão e identidade própria, não para um grupo especifico, por tradição ou por marcas de um passado distante, mas sim para externar o que se sente e o que se é, assim como disse Winston Churchill “Você cria seu próprio universo à medida que avança”.