Não seria incomum que, em uma sociedade repleta de pré conceitos, estereótipos e pensamentos retrógrados, pessoas possuidoras de tatuagens fossem vistas com olhares discriminatórios. O ato de marcar o próprio corpo com desenhos e escritos é envolvido por um persistente preconceito sem fundamento e incitado por pessoas que não evoluíram com a modernidade e liberdade de expressão. Tendo em vista tal contexto, é preciso aceitar e respeitar o uso de tatuagens como uma formação de identidade e não marginalizar tal ato. Dessa maneira, a sociedade contemporânea, em sua ala mais conservadora e fechada, associa uma imagem negativa às pessoas, sobretudo a homens, que têm tatuagens, sendo tais classificadas como criminosas, marginais etc., e tal fato, por diversas vezes, compromete a adesão dos tatuados em diversas áreas do mercado de trabalho. Contudo, o uso de tatuagens tem se difundido demasiadamente entre grande parcela da população e os diversos modelos, significados e símbolos estão se associando, cada vez mais, à personalidade e identidade das pessoas. Além disso, a difusão do uso de tatuagens tem propiciado uma ampla rede de empregos para os tatuadores que devem ser respeitados como artistas e terem seu trabalho valorizado. Ainda, a maioria das pessoas que possuem tatuagens dissociam-se do estereótipo moldado a elas, visto que não são marginais e enquadram-se nas estatísticas de formados ou cursando o ensino superior, além da maioria dos tatuados serem mulheres. Logo, a fim de efetivar o respeito ao uso de tatuagens e o entendimento de que se trata de uma expressão de identidade de cada indivíduo, é necessário que a mídia e as diversas alas do Governo, como o Ministério da Cultura, criem campanhas e publicidades incitando acatamento àquilo que diverge das concepções conservadoras e convocando sociedade a evoluir com a modernidade. É de suma importância também que os vínculos empregatícios não sejam afetados pelo uso ou não de tatuagens, sendo necessária a criação de leis e multas para empregadores que se recusem a contratar uma pessoa pelo simples fato dela possuir tatuagem.