O depósito de pigmentos insolúveis na pele, denominado popularmente como tatuagem, é praticado comumente nas civilizações contemporâneas, sobretudo, pelos jovens. Essa forma de marcar o corpo, desde seu surgimento, é acompanhada de contextos que justificam o seu exercício, e de concepções da sociedade acerca dessa prática, no entanto, muitas delas são de caráter discriminatório e perduram até hoje. Estipula-se que a tatuagem tenha surgido entre tribos e clãs como fator distintivo de grupo há cerca de 3500 anos atrás, e posteriormente com as evoluções sociais, passou a ser utilizada predominantemente como uma expressão de personalidade. Em tempos modernos, a tatuagem se tornou comum entre presidiários, o que desencadeou uma estigmatização negativa e uma marginalização das pessoas tatuadas. De acordo com uma pesquisa feita pela revista "superinteressante" por meio das redes sociais, a maioria dos brasileiros tatuados tem ensino superior e ganham bem, o que desmascara o estereótipo errôneo dos tatuados, que foi implantado pela mídia e pela sociedade, de modo a estimularem as pessoas a definirem aquelas detentoras de marcas do gênero, como delinquentes. Logo, cabe ao governo a criação de leis que punam aqueles que discriminarem os tatuados, principalmente no mercado de trabalho, e à mídia a veiculação de conteúdos, em propagandas e programas, que incentivem a população a ter uma visão crítica a respeito da tatuagem, de forma a analisá-la como um elemento inerente à determinada cultura.