Ao longo dos séculos a tatuagem passou por diversos momentos, como a identificação de tribos, prisioneiros de guerra e, mais modernamente, passou a ser utilizada como um acessório corporal, de forma a expor e assegurar a individualidade. Embora esteja bastante disseminada, há ainda preconceito predominante vindo da sociedade, que associa esta marcação na pele principalmente à presidiários e membros de gangues. A sociedade brasileira está incrustada de pré-conceitos que devem ser desconstruídos, e entre eles está a marginalização do indivíduo que possui tatuagem. Através do “1O senso de tatuagem do Brasil” publicado pela revista Superinteressante descobriu-se que a maior parte dos tatuados brasileiros são jovens (entre 19 e 25 anos), formados ou cursando o ensino superior, com boa renda. A professora e pesquisadora Ana Paula Castelo justifica o perfil dos tatuados pelo poder de compra e também por enxergar a tatuagem como um meio de afirmação da juventude. Assim, aqueles que exibem a arte na pele estão longe do estereótipo criado pela sociedade. Ainda que existam tatuagens consideradas como modismos, em geral aqueles que marcam sua pele estão atrás da busca da expressão do individualismo, marcando-a com lembranças ou apenas enfeitando-a arte. O maior problema relacionado à questão são os pré-julgamentos e para que haja uma melhora substancial neste quadro é necessário, além da educação vinda de casa através de pais e/ou responsáveis, que o Estado promova ações publicitárias e educativas buscando objetivar o combate ao preconceito.