Antigamente mais ligadas ao cotidiano de várias sociedades, as tatuagens, atualmente, estão relacionadas a fatores diversos, como o modismo e aceitação social, fato que, por vezes, resulta em prejuízos aos indivíduos. Além disso, muitos cidadãos tatuados sofrem discriminações na sociedade. Logo, é necessário mudar tal situação, já que todos merecem ser respeitados, independentemente da aprovação de suas atitudes. Deve-se pontuar, de início, os motivos os quais levam sujeitos à decisão de fazer uma tatuagem. Destaca'se, nesse âmbito, a questão do modismo, o qual se relaciona ao conceito, desenvolvido por Émile Durkheim, de fato social; ou seja, é exterior à pessoa e coercitivo. Dessa forma, na ânsia de encaixar-se em determinado grupo, cidadãos tatuam-se. Assim, muitas vezes, é gerado arrependimento no indivíduo, caracterizando um ato impensado. Por isso, é preciso refletir bastante antes de tal atitude. É importante salientar, também, as dificuldades enfrentadas por quem tem tatuagem. O preconceito é a principal delas, fato que se manifesta na exclusão parcial do mercado de trabalho e ridicularização sofridas por esses cidadãos. Isso constitui desrespeito aos direitos de tais indivíduos, sendo necessário, por isso, reverter esse quadro, pois para garantir a plena democracia, é fundamental a aceitação dos diferentes grupos sociais. Compreende-se, portanto, que variados fatores, nem sempre refletidos, levam alguém a fazer uma tatuagem e que tais pessoas sofrem com discriminações no âmbito social. Sendo assim, é preciso reverter a situação. Para tanto, é mister que o Poder Público, em parceria com as mídias, divulgue campanhas abrangente de conscientização quanto ao respeito às diferenças, a fim de atenuar esse preconceito. Ademais, a família e a escola devem levar a discussão aos jovens, principal grupo ligado a tatuagens, visando à reflexão acerca da responsabilidade que envolve o tema, para evitar tatuamentos irresponsáveis, os quais podem gerar frustração e arrependimento.