Título da redação:

Marcas de liberdade

Tema de redação: Tatuagem: modismo ou formação de identidade

Redação enviada em 19/04/2016

A tatuagem é uma arte pré-histórica. Assim como as primeiras evidências das atividades humanas foram encontradas nas pinturas feitas em pedras, mais tarde, foi possível o descobrimento de tatuagens em múmias de aproximadamente 3500 anos. Há quem diga que essa arte é modismo da atual sociedade, porém, é perceptível - por meio dessas evidências – que não são nada contemporâneas. Em primeiro lugar, é notável que o homem moderno, por influências das constantes inovações tecnológicas - chamadas de obsolência programada -, sempre arruma um jeito de diferenciar- se e “inovar-se”. Contudo, a tatuagem é marca do indivíduo a bastante tempo, foi utilizada como diferenciação pelos povos de determinadas religiões que tatuavam cruzes em seus corpos, também em rituais de tribos indígenas, já foi identificação de marinheiros e presidiários, por exemplo. Hoje, a tatuagem é uma “marca” de liberdade, está presente nos corpos de profissionais como artistas e professores. Prova disso, foi uma matéria da revista “Superinteressante” que mostrava serem jovens formados e bem-sucedidos os que mais apresentam essa identificação. Assim, a tatuagem continua sendo uma forma de expressão pessoal, bem como formação de identidade. Apesar disso, percebe- se que pessoas tatuadas ainda são alvo de preconceitos. Algo bastante comum, são nas entrevistas de emprego, os candidatos esconderem suas “tattoos”. Além disso, essas pessoas são alvo de interpretações retrógradas que as associam a criminosos, sendo obrigadas a escondê-las. Fica evidente, portanto, que a tatuagem ultrapassou gerações, e que indivíduos tatuados superaram diversas barreiras, mas ainda têm muito a enfrentar. Com isso, medidas são necessárias para conter tal preconceito e exclusão. É dever da sociedade orientar uns aos outros - através das redes sociais, por exemplo- mostrando que tatuados podem ser trabalhadores e bem-sucedidos. Para o Estado, cabe, fiscalizar as empresas que cometam esse tipo de preconceito, multando-as. E pela mídia, mais reportagens sobre a vida cotidiana de pessoas tatuadas, para que essa marca negativa de preconceito possa ser retirada e faça parte de estatísticas do passado.