Os indígenas pré coloniais usavam tatuagens para diversos fins: desde marcar a passagem para a vida adulta como também para identificar-se como sendo de tal tribo, dessa forma eternizando em seus corpos aspectos importantes de suas vidas. Contraditoriamente, em pleno século XXI têm-se uma estigmatização dessas que mesmo sendo obras de arte(ou reproduções dessas) são tachadas como modismo e atentados ao pudor. Vale salientar, inicialmente, que modismo seria algo feito em vão, onde predomina o “efeito manada” descrito por Nietzsche, o indivíduo apenas seguiria ações de terceiros sem qualquer endosso próprio tal qual um animal numa manada. Diferente, portanto, do que se observa nas tatuagens, onde cada marcação unifica o indivíduo, sendo assim uma forma clara de expressão individual do cidadão, sendo essa garantida por lei. Nessa linha de raciocínio, até mesmo gangues são identificadas por tatuagens, funcionando como troféus por feitos como matar policiais ou passagens pela cadeia. Apesar de serem esmagadora minoria casos negativos, a sociedade generaliza ferozmente os indivíduos tatuados, que não podem—constitucionalmente—ingressar nas forças armadas e encaram barreiras para ingressarem no mercado de trabalho, principalmente em cargos que exigem relações interpessoais. Desta forma, avalia-se que há um enorme problema no tocante a generalização. Para saná-lo, medidas a longo e a curto prazo são necessárias por parte do Governo Federal, como : com intermédio do MEC promover a realização de palestras nas escolas, expondo as diversas raízes históricas da tatuagem; promover campanhas midiáticas que instiguem a reflexão acerca as consequências que pigmentos na pele trazem ao caráter do indivíduo, isto é, absolutamente nenhum. Dessarte, catalisaria-se a desconstrução de uma imagem comprometedora e ignorante dos tatuados.