De fato, uma das formas mais antigas de expressão humana é a pintura. Em tempos os quais os homens viviam em cavernas os registros da vida cotidiana eram colocados nas paredes por meio de desenhos com tintas naturais, aos poucos eles tomaram o físico das pessoas. Mais para frente, foi a vez de prostitutas, marinheiros e presidiários marcarem o corpo, sofrendo com a marginalização. Essa ficou ainda mais exposta durante a Segunda Guerra Mundial, na qual os judeus eram tatuados com números para sua identificação. Hoje, além do preconceito, outro ponto preocupante é o modismo das tatuagens entre os jovens e suas consequências ao futuro. Primeiramente, é importante destacar que para muitos a tatuagem não é apenas moda, mas sim uma maneira de transmitir determinada singularidade. No mercado de trabalho, homens e mulheres tatuados necessitam adaptar-se às exigências do meio. Nos âmbitos mais formais, como fóruns e hospitais, os profissionais tendem a esconder essas marcas, pois o julgamento prévio daqueles que os procuram pode prejudicar sua empregabilidade. Hoje, parcela da sociedade continua tratando os tatuados como inferiores ou menos capazes de realizarem atividades que exigiam mais responsabilidade, contribuindo à exclusão social desse grupo. Convém lembrar que as tatuagens acompanham o desenvolvimento humano. As características de épocas refletem nas formas, cores e desenhos a serem postos permanentemente no corpo. Na era digital, com avanço da internet surgiram blogs e novas influências, sendo elas pessoas e opiniões que afetam principalmente os adolescentes. Relatos, como "Minha primeira tatuagem", são fáceis de encontrar em diversas páginas virtuais. Esses se tornam espelhos para grande parte da juventude, as tatuagens expostas passam a ser desejo e uma maneira de se integrar a determinado grupo. Surgindo réplicas dessas pinturas, o indivíduo cria o estado de modismo em degradação da singularidade de ser tatuado. Portanto, a tatuagem é a expressão do homem influenciada pelo tempo, personalidade individual ou pelo modo de vida. Hoje, os agentes capazes de combater tanto preconceito quanto o modismo e suas consequências são as escolas e a família. As primeiras, precisam transmitir a informação além da zona didática, é necessário a discursão de mundo e comportamento, por meio de palestras de pessoas mais experiente tatuadas, visando alertar os jovens. A família deve induzir o respeito ao próximo, evitando a discriminação do tatuado. Logo, haverá uma maior responsabilidade de conduta individual e uma melhor integração entre os grupos, tornando o mundo mais tolerante.