O ato de pintar o corpo surgiu há mais de 3000 anos, quando os indígenas sentiram a necessidade de diferenciar-se das demais tribos, além de, também representar importantes fases da vida dos nativos. Contudo, no auge do século XXI a tatuagem continua presente no dia a dia, porém a evolução de diferentes costumes provocaram a discriminação e o preconceito para com pessoas que portam tais desenhos em seus corpos. Nesse contexto, é importante analisar os impulsos e reflexos do relacionamento entre os tatuados e a sociedade atual. Primeiramente, é válido destacar que a imagem de uma pessoa tatuada é constantemente associada à de marginais sem escolaridade, tendo em vista que ela se tornou usual entre marinheiros e presidiários. Entretanto, a recente pesquisa publicada pela Super Abril comprovou que mais de 60% dos tatuados são formados ou estão cursando ensino superior, tais dados apenas revelam que o estereótipo criado pelo conservadorismo social é falho e errôneo. É necessário, ainda, entender que uma tatuagem pode corresponder à diminuição de 40% da chance de se conseguir um emprego, chegando possivelmente a 100% quando se tratando de profissões tradicionais como médico, advogado e engenheiro. Ironicamente a mesma tatuagem que marcou o período da Segunda Guerra Mundial de forma horrenda na marcação de prisioneiros judeus, hoje, apesar de ser alvo de preconceito, é também uma expressão de liberdade. Portanto, é notório compreender que se faz necessária a quebra do padrão que a muito é imposto pela sociedade convencional, para isso, o Ministério da Educação deve, por meio de palestras ministradas por professores, abrir espaço nas escolas para discussão de temas como esse. Além dessas, o Ministério da Justiça deve propor leis mais severas quanto a esse tipo de preconceito e em parceria com a polícia federal, garantir o cumprimento das mesmas. Assim, a tatuagem vai poder ser tratada como o que ela realmente é: uma expressão de arte.