A sociedade vive a era das transformações. Enquanto há décadas, a tatuagem era vista como símbolo de marginalização de quem tem; hoje, ela está no corpo de todos. É mais que comum ver pelas ruas pessoas tatuadas de todas as idades. Posto que muitos fatores entrem no cômputo dessa nova realidade, criou-se um novo "status" que promove que quem tem uma ou várias tatuagens é uma pessoa extremamente moderna. Embora atualmente muitos rótulos que permeavam entre a nossa evolução tenham desaparecido, o desenho na pele ainda é visto como algo radical, e portanto, há uma "definição" de tipos de pessoas que tem essa arte no corpo. Muitos não pensam que, essa é uma forma de expressar a personalidade e não de definir o caráter de quem usa. "Nosso caráter é o resultado da nossa conduta". A assertiva de Aristóteles explica muito bem a relação da personalidade ser algo que modula nosso caráter mas que de forma alguma, ela deve interferir em como ou o quanto devemos respeitar ou ser respeitados por todos. Essa forma de arte hoje é uma profissão regulamentada e, acima de tudo devemos saber que não só jovens mas sim, médicos, dentistas, professores, bombeiros, etc; profissionais de respeito, são tatuados e nem por isso são melhores ou piores profissionais. É essa sistemática conservadora por fim, que ao mesmo tempo nos impede de destruir e nos força a trespassar o escudo dogmático. Falta mais compreensão e aceitação das diferenças. Não há, de forma alguma um padrão a ser seguido e a liberdade de expressão deve ser respeitada acima de tudo, pois definir um padrão inexistente é inaceitável.