Como algo permanente pode ser modismo? A tatuagem está conquistando as pessoas a medida que o preconceito é deixado de lado. Hoje em dia o perfil dos tatuados tem mudado, e muitos deles são formados em Universidades, e ganham ótimos salários, de acordo com o Censo de Tatuagem dos brasileiro, Super Abril, 2016. E, ao contrário do que muitos pensam a cultura da tatuagem não é algo atual. Surgida primeiramente entre tribos e clãs, a tatuagem era um fator distintivo do indivíduo; desde o começo ela manteve esse padrão, pois, como se vê posteriormente na história, os marinheiros e prisioneiros eram identificados pelo fato de serem tatuados, motivo pelo qual por muito tempo a tatuagem foi vista com preconceito, de acordo com o site mundodastatuagens.com.br. Atualmente a "tattoo" é uma febre cultural entre os jovens que buscam nela uma formação de identidade. O problema é que como relata Ana Paula Castela, professora lisboeta da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova, que fez sua tese de doutorado sobre o assunto, é que para muitas destas pessoas o corpo é uma galeria de arte que precisa ser mostrado. Motivo pelo qual o verão é cobiçado pelos tatuados, pois " o corpo menos tapado revela o que anda escondido no tempo frio". Caminhamos assim para um cultura de aparências, portanto. E este é exatamente o papel da moda, fazer o indivíduo basear sua identidade em como ele se apresenta aos outros. E isso salienta o fato: mesmo algo permanente como a tatuagem pode não passar de um simples tendência, que com alguns anos pode já ser alterada ou até mesmo esquecida. Cabe aos mais maduros a tarefa de atiçar a consciência dos mais novos para julgarem suas motivações ao optarem pela marcação do corpo, para que no futuro não tenhamos muitos velhos arrependidos.