Título da redação:

Cada pele uma história

Tema de redação: Tatuagem: modismo ou formação de identidade

Redação enviada em 09/04/2016

A maior parte delas passa um bom tempo pelo vestuário. Todavia, hora ou outra, se revelam. As tatuagens estão a muito tempo entre nós e sem perspectiva de extinção. Quando os antigos ingleses viram suas terras invadidas pelos nórdicos que chamavam de bárbaros, já viram também suas tatuagens. Assim como um antigo maori da Nova Zelândia já marcava seu corpo com símbolos cheios de significado. Devido há um passado recente no qual a maior parte das pessoas tatuadas eram presidiários, e até por certos grupos criminosos usarem símbolos na pele para marcar seus componentes (como a Yakusa, famosa máfia japonesa, e carteis de narcotraficantes na América latina), seus portadores muitas vezes sofreram preconceitos. Apesar de ainda persistir este pensamento na sociedade vemos médicos, juízes e empresários dentre outros exemplos de profissionais com pinturas pelo corpo. Outrora vistos como marginais, hoje são mais da metade dos brasileiros com nível superior. Sem contar a frequência com a qual se observa mulheres aderindo a pigmentação, mais da metade delas no Brasil. Como a técnica marca por toda a vida muitas histórias podem ser contadas pela derme. Uma prova de amor, uma palavra com significado pessoal ou imagens marcantes podem ser exemplos. Ou o cabo do exercito inguês, recordista do tiro mais longo registrado por satélite, que a exemplo de guerreiros do passado tem seus braços tomados por desenhos em preto e branco. E até um simpático senhor polonês, naturalizado brasileiro, que ainda carrega no antebraço o numero que lhe imputaram em Auschwitz. Cada um tem a decisão de fazer ou não uma marca que para sempre estará exposta em sua pele. O que não cabe mais no panorama atual é julgar o individuo pelas roupas, sexo, cor de pele e pelo que nela se desenha. Desenhos, que assim como cicatrizes e rugas, contam nossa história.