Em estudos arqueológicos, encontraram-se tatuagens em corpos mumificados de diversas civilizações antigas e, dessa forma, é impossível configurá-las pela efemeridade do modismo. Assim, tais marcas representam um modo de formação de identidade e atuam em um contexto favorável de abrangência na sociedade do século XXI; contudo, os consequentes riscos aumentam. Inicialmente, ao passo que ocorre a ampliação dessa arte, crescem os casos de contaminação pelas agulhas e tintas envolvidas na elaboração. Com o desenvolvimento da noção de respeito no âmbito social, os velhos paradigmas e preconceitos se rompem e facilitam a inserção dos traços permanentes na população. Entretanto, ainda é uma atividade negligenciada, visto o aumento de contágios de hepatite B e C, além do vírus HIV, justificado pelo mau uso dos instrumentos. Outro ponto, a individualidade gerada por esse recurso é muito requisitada pelos jovens, porém trata-se de algo que exige maturidade, uma vez que é perene. Indivíduos dessa faixa etária passam pelo período de construção da pessoalidade, de pressões escolares, familiares e de empregos, mas ao mesmo tempo sentem a necessidade de liberdade. Desse modo, utilizam desses desenhos como estratégia de originalidade e como sentimento de pelo menos uma coisa pertencê-los em um mundo fugas e coercitivo. Portanto, em virtude de a tatuagem ser um mecanismo integrante da personalidade e estar se disseminando, são necessárias certas precauções. É preciso a fiscalização periódica dos estúdios e exigência de profissionalização dos trabalhadores da área através do monitoramento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A família também possui fundamental importância no dialogo com os filhos em um contexto informativo dos procedimentos feitos, a fim de orientá-los a tomarem decisões responsáveis. A tatuagem é uma arte milenar e carece de cuidados.