O uso de tatuagens existe desde tempos remotos até hoje. Nesse meio tempo, essa marca cultural teve inúmeras funções para diversos grupos sociais. Sob o mesmo ponto de vista, é certo avaliar que, ainda vista de forma preconceituosa por boa parte da sociedade, essa prática é um método para a formação da identidade do indivíduo, o que permite o enriquecimento da diversidade social. Primeiramente, é importante ressaltar o olhar muitas vezes discriminatório da sociedade quanto ao uso de tatuagens. Nessa visão, muitos indivíduos são rotulados socialmente de forma preconceituosa. Essa postura dificulta a inclusão das pessoas tatuadas em certos ambientes de trabalho, prejudicando sua estabilidade econômica. A falta de diálogo entre pais e filhos e, também, a falta de aulas sobre educação antidiscriminatória na escola são os principais motivos desse "pré-conceito" que existe sobre os portadores de tatuagens. Dessa forma, nota-se que mesmo na atualidade existem paradigmas sociais prejudiciais. Além disso, é válido salientar a excelente contribuição das tatuagens, no sentido de promover a heterogeneidade populacional. Nessa perspectiva, a variedade estética permite a quebra dos padrões socioculturais e proporciona o convívio mais tranquilo com as diferenças. Enfim, as próprias particularidades estilísticas das tatuagens causam uma divergência de identidade ainda maior entre as tribos urbanas. Portanto, a tatuagem sendo um método para a formação de identidade, é indispensável a atuação das autoridades em promover campanhas publicitárias a fim de combater o preconceito das singularidades. Cabe, ainda, a inserção nas escolas públicas e privadas de aulas voltadas à educação antidiscriminatória e da atuação dos pais em casa, a fim de possibilitar um país mais ético e digno de sua riqueza social.