A teoria positivista de August Comte defende a ideia de que o meio influencia as pessoas, assim, cada grupo social ou cultural desenvolve símbolos próprios para se identificarem. A tatuagem é um deles e representa a história ou os gostos individuais, os quais foram determinados pela coletividade, sendo importante modo de manifestação de personalidade e reconhecimento da própria identidade. Os antigos guerreiros romanos já usavam tatuagens para mostrarem suas conquistas e feitos. Esse costume permaneceu constante até a contemporaneidade em todos os continentes e se popularizou, principalmente entre os jovens, pois nessa etapa da vida é quando a pessoa forma sua personalidade. As imagens permanentes não são bem aceitas por todos, e têm grande reprovação dos cidadãos de terceira idade, o que reafirma que a cultura é expressão da individualidade, apesar de ser característica de uma parte da população. Nos anos 60, a contracultura criou uma nova forma de pensar e se manifestar, sendo que os jovens dessa corrente ideológica utilizavam símbolos, como roupas e mesmo tatuagens para serem reconhecidos. É possível perceber que essa característica ainda continua, já que, embora a tatuagem seja pessoal, ela reflete um pensamento que foi estimulado pelas experiências e pelos grupos com que o indivíduo convive, prova disso é que há semelhanças e diferenças na forma e cor das imagens. Apesar de enfrentar reprovações, as tatuagens são uma forma de arte que é exposta no próprio corpo, por isso deveria haver aceitação da sociedade, que precisa ser aberta aos costumes dos jovens. A adolescência é uma fase na qual experiências são de extrema importância para formação do indivíduo e manifestações corporais devem ser bem vindas desde que feitas com cautela.