Por muitos anos, na antiguidade ocidental, as tatuagens foram vistas como um adereço importante a ser utilizado, seja por comandantes de uma nação ou simplesmente em rituais ou por cidadãos comuns. Hoje, porém, tendo em vista a diferença dos valores desta época em relação àquela, tem-se que tais marcas passaram a ser, por motivos históricos, mal vistas e recriminadas na maior parte do mundo ocidental. Primeiramente, é importante analisar o contexto histórico das marcações corporais. Desde o Egito Antigo, a mais de 3000 anos, tais símbolos já eram utilizados como forma de demonstrar força, coragem ou até mesmo para distinguir sacerdotes de residentes comuns. Desse modo, percebe-se que antigamente, as tatuagens eram sinônimo de destaque enquanto que atualmente são muitas vezes vistas como um atestado de marginalidade e exclusão. Isso se deve, em grande parte, ao fato de que na idade moderna, as tatuagens " renasceram" em presídios e guetos. Assim, a imagem dessas passou a ser associada à criminalidade e pobreza. Além do fator cultural relacionado a esse preconceito, há também a questão religiosa. Por ser majoritariamente cristão, o mundo ocidental tem embutido em sua mentalidade a ideia de que " o corpo é sagrado" e " o corpo é a casa de Deus" e não deve sofrer modificações. Assim, aqueles que se submeteram a algum processo de modificação corporal acabam sendo vistos, mesmo que indiretamente, como pecadores. Dessa forma, o amor e a compreensão, que deveriam ser as maiores pautas do cristianismo, acabam se distorcendo em ódio e preconceito. Diante do exposto, é evidente a necessidade de se extirpar o preconceito relacionado às diversas formas de se expressar em comunidade. Para isso, é importante que o Ministério Da Cultura, juntamente ao Ministério Da Educação façam se tornar obrigatório, em aulas de sociologia e história, discussões abrangentes relativas à tolerância à diversidade e às diferentes formas de expressão. É importante também que ONGs como o Instituto Tolerância continuem atuando no sentido de educar e prevenir a população quanto à necessidade de se reconhecer as diferenças alheias e respeitá-las. Assim, em um futuro próximo, mesmo que timidamente, mudanças em relação à aceitação das tatuagens poderão ser notadas em vários setores da sociedade