Elaborar desenhos e pinturas na pele é uma antiga arte de manifestação cultural, tendo sido utilizada para os mais diversos fins. Há registros históricos de que os egípcios utilizavam a tatuagem com conotações religiosas, conforme uma matéria divulgada pela revista Galileu, por exemplo. Por diversos motivos, tal forma de expressão fora ao longo do tempo, e ainda é, em menor escala, rejeitada e atacada pela sociedade, atrelada à ideia de rebeldia e até a de uma vida criminosa, como se sua presença no corpo rebaixasse o caráter de todos que as possuem. Desde os anos 90, todavia, observa-se um constante aumento do número de pessoas que independente de qualquer cultura ou origem, procuram estúdios para pintarem suas peles. A justificativa usualmente dita por aqueles que reprovam este tipo de arte na pele, costuma ser a de que se trata de modismo. Mas apesar de modismo, observa-se também, desde então, uma maior aceitação social em relação as tatuagens, não mais discriminando de forma tão intensa quem escolhe pintar a pele permanentemente. Com essa aceitação na sociedade atual, as pessoas passaram a sentirem-se mais livres em se tatuarem, mesmo que em decorrência de modismo, e, positivamente, ocorre uma quebra de preconceitos nesse sentido, de forma que os tatuados não são mais tão pré-julgados e prejudicados, por exemplo, perdendo chances de trabalho em decorrência de suas tatuagens. Ainda, acerca das consequências de se seguir um modismo, que no caso é permanente, frise-se que existem hoje técnicas de remover as pinturas corporais, seja por laser ou realizando uma nova tatuagem no lugar da anterior, havendo, portanto, soluções possíveis em caso de arrependimento. Por fim, sobre o atual modismo e o preconceito em seu torno, como explicado por Henry David Thoreau, “fazer tatuagens não é um costume tão horrível como normalmente apontado. Não se torna bárbaro simplesmente porque a tatuagem é profunda e inalterável”.