As tatuagens são largamente utilizadas como mecanismo estético, forma de expressão, ou como rito de passagem; mas, seja lá qual foi o motivo de seu uso, o preconceito persiste em boa parte da sociedade. Para muitos, esses desenhos permanentes na pele são espelho da marginalização, ou de blasfêmia ao corpo natural, "limpo". E portanto, deve-se evitar o contato com essas pessoas, evitá-las no ambiente de trabalho, ou proibi-las de assumirem cargos públicos, ou carreira militar, pois mancham a imagem da empresa, local ou órgão. Entretanto, as pessoas quando tatuadas, ou não, são as mesmas, e a sua imagem diz respeito apenas à forma como esta escolheu se apresentar, não alterando seu caráter, talento ou profissionalismo. Essa arte não permite ao cliente formar uma identidade, e sim a expressá-la. Logo, é natural que haja discussão, aliás, é através dela que há o progresso e a mudança, tão necessária para o entendimento da importância da liberdade de expressão. Exemplo que deveria ser posto em prática, a começar pelo governo, levando a sério o artigo 5° da constituição brasileira, que garante a todos a igualdade perante a lei, sem discriminação de qualquer natureza. Portanto, os tatuados devem ser respeitados, não só no âmbito social, o que será gradativo, mas no âmbito político e profissional. Sendo penalizados aqueles que negarem-nos qualquer serviço ou direito sem motivo cabível, e permiti-los acessar qualquer cargo público sem discriminação.