O uso do cigarro alcançou um de seus momentos de maior prestígio durante as Guerras Mundiais. Enviado muitas vezes aos soldados como substituto da comida, o produto ganhou destaque e amplo mercado consumidor. Apesar de no próprio século XX terem sido divulgados estudos relatando a relação de causa entre componentes do cigarro e doenças respiratórias, o uso desse artigo ganhou proporção e apresenta impactos na sociedade atual, seja pela publicidade, seja pela dependência causada por ele. É inevitável reconhecer o poder de persuasão que os meios de comunicação exercem sobre a população em geral. Steve Jobs, criador da “Apple” -uma das empresas mais famosas do mundo-, ao afirmar que “as pessoas não sabem o que querem, até mostrarmos a elas”, deixou essa realidade ainda mais explícita. Com base nessa perspectiva, foi criada a Lei Antifumo, aprovada em 2011 no Brasil, que proibiu propagandas acerca do produto e o fumo em locais públicos, além de obrigar os fabricantes a alertarem, nas próprias embalagens, sobre os danos causados à saúde. Vale ressaltar, também, a nicotina e seu poder de escravizar os usuários. Pelo fato de relaxar e oferecer prazer, o cigarro apresenta nos jovens o grupo mais vulnerável, podendo levar a práticas que acarretam consequências irreversíveis, caracterizadas no vício, na dependência e no cenário que as cercam. Outrossim, é importante lembrar que os efeitos do fumo não afetam somente o detentor do cigarro, mas sim todos a sua volta, que se configuram fumantes passivos e, mesmo sem quererem, podem estar expostos a até mais riscos que o próprio fumante. Fica claro, portanto, que o tabagismo é uma prática enraizada na sociedade contemporânea e seus efeitos precisam ser mitigados. Para que isso se realize, torna-se necessária a ação da mídia mostrando, por meio de seriados e novelas, os reais impactos dessa prática na vida dos fumantes e de todos a sua volta, tendo em vista o sucesso das campanhas promovidas pela Lei Antifumo. Ademais, as Secretarias Municipais de Saúde podem promover o oferecimento de serviços de profissionais, como médicos e psicólogos, aos necessitados, assim como apoiar grupos de tabagistas promovidos pela população. Por fim, a escola e a família devem promover o diálogo acerca da nicotina e de outras drogas, para que, assim, a sociedade atual e as futuras possam se distanciar de seus efeitos.