A história do tabagismo acompanhou toda a linha do tempo do Novo Mundo, pois sua "descoberta" pelos primeiros europeus aqui na América fez do tabaco ser consumido mundialmente. Logo, toda a cultura em torno desse consumo, em 500 anos, não se extinguirá assim tão rápido, mesmo com toda a política de prevenção nacional e conhecimento adquirido na saúde ao longo dos últimos anos. Atualmente, não é mais nenhuma novidade o grau de vício que a nicotina produz e nem os demais danos a saúde. Se não todas, mas praticamente todas as pessoas sabem que o cigarro gera câncer de pulmão. A Lei Antifumo contribui para que o Brasil seja referência em combate ao cigarro, porém limitar áreas de fumantes não gera resultados muito promissores. Quem é dependente químico sempre encontra uma saída quando se sente impedido de consumir. O problema do tabagismo não será resolvido com uma lei mais coercitiva ou em imagens, na parte posterior do maço, mais impactantes. A dependência química, seja pela nicotina ou drogas ilícitas, deve ser tratada como caso de saúde pública. O viciado é uma vítima e por isso é preciso retirar essa imagem negativa. O Estado brasileiro já possui há anos diversas políticas de prevenção e tratamento fornecido pelo SUS, porém é necessário romper essa barreiras, ir além. O diálogo pode ser um grande aliado sendo proposto por profissionais educadores em conjunto com escolas municipais, estaduais e privadas. Discutir o assunto entre os jovens seria de grande avanço. Políticas de saúde pública custeadas com subsídios do Estado voltadas para o médico da família dando assistência aos já enfermos ou na prevenção pela conscientização. Com pequenas medidas sociais, mas com forte impacto, como as supracitadas já garantiriam uma redução mais presente do consumo.