“Um país não muda pela sua economia, sua política e nem mesmo sua ciência, muda sim pela sua cultura”. A frase do sociólogo brasileiro, Betinho, explicita a importância para o cuidado e segurança que o Estado e a sociedade devem ter frente à formação da nossa cultura. Nessa perspectiva, faz-se necessário analisar os impactos que o tabagismo vem causando em meio a sociedade, atingindo diferentes classes sociais e prejudicando as gerações futuras do nosso país. É importante pontuar, de início, que, desde o século XVIII, com a revolução industrial, os meios de locomoção e comunicação tornaram-se comum em meio a sociedade, sendo usados para diferentes atividades. Todavia, tal desenvolvimento, tornou muitos produtos industrializáveis, como, por exemplo, o cigarro, que, consequentemente, ficou mais acessível a diferentes regiões do nosso país. Entretanto, grande parte da população, hoje, encontra-se dependente desse, por causa do seu poder gerar uma sensação satisfatória ao psicológico das pessoas, além de, por ser uma droga lícita, é facilmente obtida para o consumo. No entanto, seus efeitos são drásticos, prejudicando diretamente o desenvolvimento humano, tanto dos fumantes ativos, quantos dos passivos, além de ser responsável por, aproximadamente, 90% dos casos de câncer no Brasil. Dessa forma, muitas pessoas acabam sendo, consequentemente, afetadas involuntariamente em qualquer ambiente que tenha um fumante ativo, tendo grande probabilidade de contrair câncer de pulmão, o que, coloca em risco toda a sociedade. É fundamental pontuar, ainda, que, mesmo após a colaboração do INCA contra o tabagismo, o número de fumantes segue crescendo desenfreadamente em meio a sociedade e atingindo um novo público consumidor: os jovens. Tal consumo, no entanto, decorrente, em muitos dos casos, da influência de amigos ou da própria família, acaba por prejudicar a saúde desses, assim como seu desenvolvimento psicológico e social, podendo levar esses a serem marginalizados e, consequentemente, aumentando a violência urbana e abrindo caminhos para o uso de drogas ilícitas. Além disso, outro grande problema é o uso do cigarro no período de gestação, que, se isso acontecer, a criança acaba sendo prejudicada, podendo a gestante ter um aborto natural e parto prematuro e, ainda, a criança pode nascer com problemas respiratórios, o que colocaria em risco a vida de um inocente. Portanto, é necessário que o Poder Público e a sociedade não fiquem omissos perante tal questão. Para tanto, é imprescindível o melhoramento, por meio de maciços investimentos, de instituições responsáveis por combater o uso do cigarro, além de promover a criação de centros de reabilitação para ex fumantes. Por fim cabe à mídia, se aliar com o Ministério Público e Programa Nacional de Controle do Tabagismo(PNCT), para incentivarem a criação de ONGs, que desenvolveram a tarefa de mostrar aos adultos e jovens os risco do uso do cigarro e seus respectivos impactos na sociedade, visando assim, a formação da cultura do nosso país sem nenhuma influência do tabagismo.