A partir de ações desenvolvidas pelo Governo Federal de combate ao tabagismo, dentre elas a aprovação da Lei Antifumo, diminuiu consideravelmente o número de fumantes. Entretanto, esse número ainda é bastante elevado, pesquisas apontam que 15% da população brasileira é de fumantes, e, desses, grande parte iniciou o hábito ainda na adolescência. Dados como esses são preocupantes e afetam diretamente na saúde dos não fumantes, os fumantes passivos. Em primeira análise, cabe destacar os fatores que motivam o indivíduo a adentrar na vida do fumo. Segundo a teoria do Fato Social do sociólogo Émile Durkheim, o indivíduo está condicionado a um poder de coerção externo e geral, que exerce pressão sobre sua consciência ditando o que pode e o que não pode ser feito. Sendo assim, os jovens são influenciados pelo meio e condições em que estão inseridos, adotando cada vez mais cedo o hábito de fumar. Segundo pesquisa realizada pela INCA (Instituto Nacional de Câncer) 80% dos fumantes começaram a fumar na adolescência. Ademais, outro problema que se faz presente na sociedade brasileira relacionada ao tabagismo é a questão do fumante passivo. Esse, é o indivíduo que não fuma, mas acaba respirando a fumaça dos cigarros fumados ao seu redor. Em menor grau ele também está sujeito a complicações na saúde ocasionadas pelo tabagismo, dentre elas estão as doenças crônicas não transmissíveis, como câncer, doenças pulmonares e cardiovasculares. A Sociedade do Câncer de Nova Zelândia informa que o fumo passivo é a terceira entre as principais causas de morte no país, atrás apenas do fumo ativo e do consumo do álcool. A promulgação da Lei Antifumo em 2014, é uma conquista da sociedade, pois proíbe, dentre outras coisas, fumar em ambientes fechados, sejam eles públicos ou privados e extingue os fumódromos. Como já disse o escritor Oscar Wilder, o primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação. Sendo assim, para que os não fumantes sejam respeitados e poupados, pois estes também estão sujeitos às doenças causadas pelo tabagismo, deve ser cumprida efetivamente a Lei Antifumo, adotando medidas punitivas mais severas em caso de descumprimento da lei. O Ministério da Saúde, em parceria com ONGs, como a Educar para Crescer, deve elaborar palestras em escolas, ministradas por médicos e psicólogos em que os primeiros apontem as consequências que o tabagismo provoca na saúde e os segundos alertem os jovens na questão da influência que o meio exerce sobre eles,aconselhando-os a sequer experimentar o cigarro. Apenas tomadas tais medidas os não fumantes serão respeitados e o número de fumantes e novos fumantes no Brasil será reduzido.