Desde o período da colonização brasileira, o hábito de fumar era comum advindo da cultura europeia dos colonizadores, somados a conquista das drogas do sertão brasileiro, das práticas de escambo do tabaco entre índios e europeus e, também, com a chegada da Família Real ao Brasil trazendo seus costumes. No entanto, na sociedade contemporânea, mesmo havendo leis e políticas públicas de proibição do fumo, ainda há um grande consumo, principalmente, pela população jovem e as consequências do hábito não são saudáveis. Sabe-se que o Brasil possui leis e políticas públicas que auxiliam no combate ao fumo, mas, mesmo assim, a população ainda carrega a visão colonial europeia sobre o ato de fumar, como algo descolado e cultural, que, na maioria das vezes, não é descontruído por meio do ensino das escolas. Em análise histórica, o consumo advindo da Europa tornou-se, progressivamente, um estilo de vida à população brasileira quando Família Real Portuguesa se instalou no território brasileiro e, não se limitou apenas em mudanças político-administrativas, mas também ao processo de europeização dos costumes culturais. Sendo assim, o tabagismo no século XXI continua enraizado na cultura brasileira e, principalmente, os jovens, mais vulneráveis e com menos discernimento diante das contrariedades do hábito de fumar, começam o uso de cigarros muito cedo. Consequentemente, os problemas de saúde devido ao consumo de cigarro, afloram na sociedade, sendo eles problemas respiratórios, câncer e, até mesmo óbito. Segundo a OMS-Organização Mundial da Saúde- mais de 5 milhões de pessoas morrem ao ano por conta do cigarro. A título de exemplo, grandes artistas brasileiros morreram devido ao hábito, dentre eles: a cantora Cassia Eller, o cantor Renato Russo e a ilustre escritora Clarice Lispector que morreu sobre as chamas do cigarro. Dessa forma, a questão do tabagismo é muito séria trazendo consequências não saudáveis aos fumantes, mas, mesmo assim, é uma prática muito comum no âmbito social. É evidente, portanto, que a melhor forma para combater o tabagismo no século XXI é através de uma reeducação cultural, dos indivíduos, quebrando os paradigmas enraizados na cultura brasileira oriunda do processo colonial. Isso se daria por meio do auxílio das escolas, com a inserção de aulas psicológicas direcionadas por profissionais da saúde, a fim de discernir as consequências provocadas pelo hábito para que, de fato, os alunos não se tornem vulneráveis ao consumo de cigarro e gradativamente irá desconstruindo a visão europeia. Além disso, é válido ressaltar no apoio do poder público, em garantir eventos ar ao livre, com atividades físicas e palestras, direcionadas por profissionais da área, a fim de prorrogar uma cultura não fumante e prazerosa, dando oportunidade de liberdade aos viciados e evitando possíveis problemas de saúde.