Título da redação:

Nicotina de ouro

Tema de redação: Tabagismo no século XXI

Redação enviada em 11/10/2016

Entre 1960 a 1980, o tabaco começou a ganhar visibilidade não só no mercado, mas em questões associadas aos riscos oferecidos pelo uso continuo, porém, o sistema capitalista possuindo um poder maior, acabou tratando do assunto muita das vezes como banal. Com o decorrer do tempo o poder legislativo apresentou diversas propostas de leis, com a função de diminuir o uso do cigarro e confortar a sociedade ao redor do fumante. Leis estas como, reduzir a atratividade da embalagem e conter o aviso do ministério da saúde relacionado aos riscos do produto, e também a lei de que o ato de fumar em ambientes fechados é proibido. Porém é uma questão contraditória, por que ao mesmo tempo que temos as advertências da embalagem por meio do marketing, o que é extremante importante e de certa forma eficaz, temos um projeto de lei que não visa completamente a saúde do fumante, que não investe completamente na saúde do usuário e sim da população ao redor. O que tem que ficar claro é que ao comprar um cigarro cerca de 70% do dinheiro pago, são impostos, que, de acordo com o governo é utilizado para o investimento na saúde, no caso do tema tratado, dos usuários. A conclusão a chegar é realmente na ideia de que apenas 16% desse imposto realmente vai para a área da saúde em si, o que podemos ver a contradição, por que ao mesmo tempo que temos uma lei que parece eficaz, acaba não valendo para a população alvo, o que mostra a máscara do governo e a política capitalista. Adam Smith, pai da economia moderna, afirmava que mesmo sabendo que o uso do tabaco é vital, o crescente uso, o coloca como objeto de taxação, ou seja, vivemos em uma sociedade em que o uso da nicotina, que no caso vicia mais do que a cocaína, é viável, pois traz recursos financeiros a elite. Portanto, fica se claro que a proibição não é o caminho, pois apenas 3% dos fumantes conseguem largar o vício, então cabe, a essa grande massa de usuários, que chega a ser de 34%, encontrar um modo nas mídias para que o problema venha ganhar visibilidade novamente, não somente de conscientização para crianças e adolescente, mas também, para instituir um projeto de lei na qual o SUS venha ter uma área de tratamento somente para pacientes/usuários que precisam de um controle.