Título da redação:

Fumaça destrutiva

Tema de redação: Tabagismo no século XXI

Redação enviada em 23/06/2018

Não é raro a aparição de personagens fumantes em cenas de filmes, novelas e séries de televisão. Apesar dessa representação ser fictícia, tal cenário é um retrato realista da problemática que vigora, em pleno século XXI, na sociedade brasileira: o tabagismo. Diante disso, a legalidade do fumo e a escassa orientação direcionada a jovens formam uma espeça barreira a ser demolida, a fim de extinguir a “fumaça” que destrói vidas. Ante o problema do tabagismo, é forçoso lembrar que a licitude do tabaco permite seu amplo acesso e o posterior consumo desse produto. Isso porque, com o propósito de arrecadar elevados impostos, o Governo negligencia as consequências do uso prolongado dos cigarros, charutos e narguilés pela população. Infelizmente, a lógica existente é a de que quanto mais cigarro vendido, maior será o dinheiro arrecadado, cujo destino final, muitas vezes, ganha as vias da corrupção, em vez de ser direcionado à saúde pública e o tratamento dos enfermos vítimas do tabaco. Consequentemente, o fácil acesso ao fumo, permitido por lei, propicia o surgimento de doenças cardiovasculares, cerebrais e pulmonares em fumantes que, dependente da saúde pública, tendem a perecer por falta de amparo. Outrossim, é válido lembrar que a pouca orientação aos mais novos sobre os danos causados pelo tabaco implica no aumento de viciados. Esse panorama pode ser explicado pelo fato de que jovens, em fase de descobrimentos, tendem a experimentar novidades. Por conseguinte, sem eficientes educadores e programas de alerta sobre o grave potencial viciante da nicotina, a juventude, ao consumir cigarros e narguilés, engrossam, em pouco tempo, a fila dos viciados em tabaco. Assim sendo, é indispensável a adoção de medidas capazes de pôr fim na legalidade do tabaco e na escassa orientação sobre os danos causados por esse produto. Posto isso, compete ao Poder Legislativo, com a contribuição do Poder Executivo, criar uma lei extinguindo a comercialização do tabaco em território brasileiro, bem como pô-la em prática, fiscalizando ambientes de possíveis vendas clandestinas e punindo, com multas, aqueles que desrespeitam a lei, no intuito de tornar o tabaco ilegal. Ademais, seria de grande eficiência que as instituições de ensino promovessem, junto à sociedade, a formação de profissionais capacitados a orientar os jovens sobre os perigos dos cigarros, narguilés e charutos, com o propósito de evitar que os mais novos “mergulhem” no vício. Por fim, é crucial o combate a corrupção, com a finalidade de impedir o desvio de dinheiro público e garantir a destinação dele à saúde e ao tratamento das vítimas do tabaco.