Título da redação:

Erro propagado, lucro concretizado

Tema de redação: Tabagismo no século XXI

Redação enviada em 15/10/2016

A erva do tabaco tem origem na América, o que remete aos povos pré-colombianos, os quais -em especial - os Maias passaram a fumá-la. Prosseguido a isto, a colonização europeia proporcionou a expansão da substância, o que a tornou altamente popular no mundo, apesar dos malefícios à saúde. Visto isso, discutem-se as barreiras do combate à droga. Se as palavras de um rei inglês tivessem sido ouvidas com a devida atenção, uma grande parcela da sociedade teria sua vida poupada. James I, já dizia quão maléfico o fumo era ao alegar que a ingestão da fumaça afetava os pulmões. Contudo, a alegação não foi suficiente para evitar o consumo deliberado bem como o atual cenário de vítimas, cerca de 3,5 milhões de pessoas. O que também foi auxiliado por um passado de louvor ao produto, à exemplo do cinema e da propaganda, os quais transformaram o ato de fumar em algo respeitável e de alto calão. Fato que traria lucros estrondosos àqueles que o comercializavam. Neste percurso, Adam Smith, pensador do liberalismo, já dizia que produtos populares seriam itens certos de taxamento, à exemplo do cigarro, que com suas altas taxas, acarretava em lucros exorbitantes para quem arrecadava imposto, ou seja, o Estado. O que num contexto brasileiro, a Souza Cruz, principal fabricante de cigarros no Brasil, seria um excelente exemplo de empresa contribuinte para a lucratividade do governo, já que é aquela que mais paga impostos, corroborando para uma arrecadação de 6 bilhões de reais. Diante do exposto, percebe-se que a principal barreira de combate ao fumo é o passado que contribuiu para a popularização do produto bem como a exorbitante arrecadação de impostos que gera a permanência da droga no mercado legal. Situação que se alteraria caso não houvesse a dependência econômica na comercialização da substância. O que seria concretizado através do investimento em outros setores da indústria. Assim, não haveria a necessidade das fábricas desse mal, e o cigarro ficaria, definitivamente, no passado.