A segunda fase do Romantismo, escola literária situada entre meados do século XIX, ficou conhecida como mal do século devido ao pessimismo da sociedade da época frente à tuberculose, doença crônica que acometeu boa parte da população da época. Esse distúrbio encontrou ambiente ideal de proliferação em meio a uma classe boêmia dentre a qual era comum e popular o ato de fumar. Desde então, muitas pesquisas voltadas para os efeitos do cigarro no corpo humano foram desenvolvidas, reforçando o caráter altamente prejudicial do mesmo, no referente à saúde. Contudo, ainda é alto o percentual de fumantes dentre a sociedade brasileira. Nesse contexto, encontra papel de destaque a discussão sobre a proibição do ato de fumar em ambientes públicos ou privados, como parques, corredores, cafeterias, etc. Os grupos contrários à medida alegam que a lei não terá o poder de mudar o hábito de fumar dessas pessoas, mas, sim, de excluí-las desses ambientes, visto que muitas deixarão de frequentá-los por não poder praticar o ato livremente. Em contraposição, os favoráveis às novas regras dizem que elas são um grande avanço no combate a problemas relativos ao cigarro, uma vez que o fumo passivo (Quando um indivíduo respira a fumaça liberada por um fumante) também representa, junto ao fumo ativo, alto fator de risco no desenvolvimento de doenças relacionadas à prática. O documentário “Fumando espero”, dirigido por Adriana Dutra, mostra, através da experiência da própria diretora, o desafio que uma pessoa precisa enfrentar para parar de fumar. Ainda nessa produção, é feito um estudo detalhado da trajetória desse vício durante os séculos XX e XXI, assim como dos seus efeitos desastrosos no organismo. Além da autodeterminação que uma pessoa precisa ter no momento no qual decide largar o cigarro, há, também, a barreira da dependência química a ser derrubada. Isso ocorre por que, muito além de uma simples necessidade psicológica de fumar, o corpo entra em estado de crise de abstinência na ausência das substâncias do cigarro, em especial a nicotina, que, juntas, têm um potencial de vício maior que a maconha ou até mesmo a cocaína. É perceptível, portanto, que, apesar de prejudicial à saúde, o tabagismo é uma prática que precisa de muito mais que conscientização para ser eliminado da sociedade. Isso torna-se evidente no fato desse ser um vício fisiológico do corpo motivado pelas substâncias tóxicas presentes nos cigarros. Nesse sentido, pesquisas já desenvolveram vários tipos de “cigarros do bem”, que, por sua vez, são compostos de substâncias não prejudiciais à saúde e que suprem a vontade do fumante. É exemplo disso a marca americana “Billy 55”, que comercializa cigarros de chá verde que ajudam as pessoas a se livrar do vício da nicotina através da substituição progressiva dos tradicionais, e por fim, do desapego ao próprio inovador, que, por sua vez, não é composto de substâncias viciantes. Com o surgimento de novas marcas como a supracitada a cada dia mais, torna-se necessária, também, a veiculação de produtos como esses em meios comunicativos como Internet e canais de TV aberta, a fim deixar os consumidores interados da existência de produtos tão acessíveis, considerando a intervenção das compras online no mundo moderno, e que podem mudar, progressivamente, suas vidas para melhor.