Segundo Émile Durkheim, sociólogo estruturalista francês, “fator patológico” é aquele que prejudica o convívio social e destoa da “consciência coletiva”. Analogamente, na atual conjuntura, vivenciamos em um âmbito, composto por pessoas com padrões deturpados, que fomentam o aparecimento de imbróglios sociais, entre eles, é possível destacar o tabagismo, que compromete a existência do bem-estar mundial e reduz a qualidade de vida do cidadão. No Brasil, o uso do cigarro afeta os mais variados setores sócias, sobretudo o econômico, pois a existência do tráfico de tabaco contribui para o aumento da violência e corrupção, exercendo um ciclo de percalços. Entretanto, diferentemente dos anos 50, o panorama vigente é composto por indivíduos altamente informados, que têm conhecimento sobre as consequências desse produto no organismo, mas que iniciam o hábito do fumo por visualizar um certo “deslumbramento” nessa prática, fruto do grande poderio com que o meio influência a mente dos jovens, exercendo forte controle sobre seus comportamentos e padrões. A revista norte-americana “Science”, em alguma de suas edições, publicou o efeito do tabagismo na saúde dos fumantes e dos não fumantes, causando problemas cardiovasculares, respiratórios, câncer, estresse e culminando em alguns casos no óbito. Outra questão que solapa a existência de uma vida saudável, são os danos que o cigarros provocam na vida das pessoas que acabam ingerindo a fumaça de forma involuntária, denominados fumantes passivos, que também apresentam problemas que corrompem a saúde do cidadão. Portanto, as leis vigentes que proíbem o uso do cigarro em locais públicos, devem ser mantidas, pois elas têm por finalidade proteger os não fumantes da constante exposição ao tabaco, visando melhor controle da saúde populacional. Logo, com o fito de interromper a cultura do tabagismo no Brasil, é “sine qua non” que a OMS ( Organização Mundial da Saúde), juntamente com o Governo Federal, desenvolvam um plano de implementação de combate ao tabagismo para pessoas que desejam controlar esse vício, fornecendo maiores recursos, como a construção de locais públicos especializados em acompanhamento médico e psicológico de boa qualidade para os fumantes. É vital, que a Receita Federal, faça parcerias público-privado para empresas que desenvolvam produtos que contribuam para o fim do consumo do cigarro, possibilitando a redução dos impostos em detrimento do barateamento do produto comercializado, como adesivos pastilhas e chicletes de nicotina. Também é imprescindível, que exista a atuação de ONGs como APAE( Associação de Pais e Alunos Excepcionais),que possam desenvolver mecanismo de diálogo tanto com a sociedade, por meio de projetos ou campanhas, ou com as escolas regulares por realização de palestras e auxílio aos jovens sobre os ricos dos cigarros, fornecendo um troca de comprometimento dos pais, para orientação politizadora da prole, e os filhos para o apoio dos genitores que desejam abandonar o fumo. Essas ações irão refletir na redução do tráfico de cigarros, porque sem fumantes não há mercado consumidor, pois uma sociedade só muda quando cada cidadão altera seu comportamento.