Título da redação:

Brasil sem nicotina

Tema de redação: Tabagismo no século XXI

Redação enviada em 22/10/2016

Após a implementação da lei 9.294 de 15 de julho de 1996, que veta a propaganda de bebidas alcóolicas, medicamentos e cigarros, houve uma notável queda no número de tabagistas no Brasil. No entanto, os transtornos causados pela utilização do fumo, ainda são grandes, exigindo do Governo Federal, um esforço maior para o combate desse hábito. Contudo, medidas a fim de extinguir tal prática em todo território Brasileiro, deve ser tomadas. A presença de Cowboys associado ao consumo do tabaco - foi uns dos principais merchandisings utilizados pela Marlboro, marca de cigarros de origem inglesa que teve seu auge na década de 70, dominando todo mercado norte-americano. No Brasil a empresa líder de produção e distribuição é a Souza Cruz, seus principais fornecedores de matéria prima (folha de fumo) estão situados nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O cultivo da planta gera bilhões de dólares por ano, no entanto, os males à sociedade são proporcionais ao seu arrecadamento anual. Além dos agravantes aos usuários ativos: (aqueles que fumam diariamente) o cigarro pode ocasionar distúrbios respiratórios nos fumantes passivos: (formado por pessoas não fumante que convivem com familiar fumante assíduo). Ambos estão sujeitos às inúmeras alterações cardiorrespiratórios, como: inflamações brônquicas, asma, rinites. Atualmente, podemos notar que nas principais casas noturnas, bares, restaurantes Brasileiros a prática do uso de cachimbo, cigarrilhas, charutos ou similares é nula desde a sanção da lei 12.546/11 que proíbe fumar em locais públicos. Isso vem corroborar para que tenhamos um melhor convívio humanitário, além de estimular uma parcela da população a abondar o vício. Segundo o Ministério da Saúde existem cerca de 5.315 substâncias nocivas presente na composição química do produto, hoje com acessibilidade à informação a juventude está crescendo consciente das consequências dos produtos fumígeros. Entretanto, muitos adolescentes iniciam o consumo do tabaco nas escolas, por moda, por figurar-se líder de um determinado grupo, contudo, esses jovens, iludidos por fantasias pueris, terminam dependentes de tais hábitos. Outras pessoas utilizam a justificativa do uso à transtornos emocionais e ao stress, desculpas à parte, mas, o fato principal é que esse rol de pessoas estão gradativamente perdendo alguns anos de vida em detrimento de práticas prejudiciais a sua saúde. Todavia, ao longo dos anos o cenário vem mudando, leis mais rígidas, proibição de propagandas que visava o incentivo ao consumo do fumo, aumento do custo em cada maço de cigarro, foram algumas das medidas adotas pelo Ministério da Saúde que surgiram efeitos significantes na população. Mesmo assim, o número de pacientes com quadro clínico de enfisema pulmonar, câncer de traqueia, dificuldades respiratórias, ainda é muito grande, o que deixa claro a necessidade de maiores investimentos públicos, assim como, maiores participações das Secretárias de Saúde. Diante do exposto, o Poder Legislativo deve reformular as leis vigentes de proibições a práticas tabagistas, implementando punições mais severas a todos os indivíduos que desrespeitarem as normativas. Outra medida seria a promoção de palestras, ministradas por enfermeiros em cada Unidade Básica de Saúde, tendo como foco a reabilitação do paciente voluntário, por meio de encontros semanais, abordando efeitos deletérios do hábito de fumar, discursos de colaboradores que abandonaram o vício. Além disso, o Governo Federal deverá repassar subsídios para o Ministério da Saúde que promoverá campanhas de rádio, televisão, plataformas virtuais, sobre os males causados pelo vício, decretar uma data em nosso calendário para o projeto “Brasil sem nicotina”, nos moldes dos dias cor de rosa ou azul que fazem alusão ao câncer de mama e próstata, quem sabe com essas medidas teremos um Brasil sem nicotina.