O tabaco é originado de uma planta que entre a sua variedade de funções, serve para fumar, mascar ou cheirar. Classificado como uma droga lítica no Brasil, o cigarro vai muito além da elegância de ver alguém fumando. Vetor de mortes à longo prazo, o tabagismo tem se tornado a pauta de diversas discussões quanto a sua legalidade jurídica. Que fatores explicam esse quadro? Levando em consideração a história por trás do cigarro primordialmente gerado na América, é de tempos imemoráveis a plantação e uso do tabaco no país, como costume em celebrações religiosas dos diversos aborígenes, que genuinamente povoaram em primeira instância as terras brasilenses. Em meados do século XVl, com a vinda dos portugueses e a descoberta do uso dessa planta, foi feito um sistema de moeda de trocas no qual Portugal foi o principal beneficiado e a nicotina alcançou níveis mundiais de comercialização em 50 anos. Para muito além da sedução e poder no ato de fumar, o combate assíduo à inalação desse monóxido de carbono que inibe o transporte de oxigênio para o sangue no decorrer de anos se tornou presente apenas em tempos atuais. O cerco ao tabaco reduziu o consumo nos países de primeiro mundo e será reforçado nos demais. A coerção do consumo do cigarro só alimentaria o tráfico de drogas ilícitas, responsável por 40% das prisões brasileiras, e é indubitável que não inibiria o uso do mesmo. Em suma, pode-se inferir que, é indispensável a incorporação de propostas para cercear esse malefício responsável por inúmeras doenças. Uma das soluções seria a construção de um pensamento crítico remetente à nicotina através de uma parceria do Governo Federal com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de realização de campanhas televisivas, em horário nobre, contra o fumo, além de uma maior restrição às áreas de consumo, por meio da lei, para apenas residências e espaços voltados exclusivamente para esse fim. A questão é evitar um aumento na quantidade de viciados, diminuindo a urgência da criação de políticas de combate.