O sistema prisional brasileiro não é uma invenção atual, desde o ano de 1992, com o massacre do Carandiru a nação conheceu um pouco da realidade dos presídios e presidiários do país. O Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo, que segundo a Lei de Execução Penal Brasileira tem a finalidade da inclusão social do indivíduo. No entanto, a realidade é a superlotação de celas violando os direitos humanos e sendo um presente nas mãos de facções criminosas usando as prisões para recrutar seus integrantes. A situação é bastante precária, pois mesmo com todos os gastos governamentais ainda falta estrutura de qualidade, defensores públicos suficientes, espaço e organização dentro dos cárceres que se encontram cheios e sem higienização, ambientes propícios à transmissão de doenças. Com isso, transtornos são gerados como os de saúde, a falta de cuidados íntimos da mulher, insegurança dos funcionários e a violência dentro e fora dos presídios, porque o tráfico de drogas é comandado por facções tanto do lado de fora como de dentro. Contudo o problema está longe de ser solucionado, uma vez que a superlotação carcerária não está presente somente nas penitenciárias e cadeias públicas, mas sim todo o sistema. O aumento da quantidade de prisões efetuadas no Brasil está diretamente ligado às condições sociais injustas encontradas do lado de fora das prisões que além de auxiliar no retorno do detento a criminalidade leva muitos daqueles que nunca praticaram delito algum a se envolverem na prática de crimes. O atraso do judiciário, carência de infraestrutura junto à superlotação induz a surgirem às rebeliões e greves. Portanto, é preciso maiores subsídios da Receita Federal para a construção de novos presídios, manutenção dos já existentes e serviços de qualidade para que os trabalhadores possam exercer com disciplina a sua profissão fazendo as regras já existentes a serem devidamente cumpridas. O Ministério da Educação junto com os professores de escolas públicas e privadas, organizarem palestras educativas a respeito do perigo das drogas, para que os jovens não se envolvam com o uso delas. E por fim, o governo Federal fazer com que a lei existente realmente funcione e o Estado acompanhar o detento do início o fim do seu julgamento, sendo tratados com muita dignidade e respeito para que haja a ressocialização do preso.