Tema de redação: Soluções para a precariedade do sistema carcerário brasileiro
Redação enviada em 17/04/2017
Hobbes em sua obra "O Leviatã" defendeu a tese de que: "o homem nasce mau e a sociedade que o torna bom". O filósofo inglês acreditava que o homem necessita de uma instituição reguladora da vida: o Estado, e, realmente a sociedade o tem, aqueles que desrespeitam a norma geral, o código de conduta, precisam ser penalizados. Nesse cenário, surge o sistema carcerário, contudo como explicar seus efeitos no século XXI? Se, segundo Hobbes, a sociedade tem o dever de tornar o indivíduo bom, as penitenciárias surgem como meios pelas quais eles podem ser ressocializados e reeducados. Assim, o sistema carcerário deve estar a serviço da sociedade, colaborar para a sua estruturação e manutenção. Porém o Estado deturpou a ideia de ressocialização, as penitenciárias carecem de estrutura, investimentos, evidenciam o descaso e o abandono do Poder Público ao longo dos anos, ao invés de colaborarem para a formação do indivíduo, elas passaram a ser "escolas de aperfeiçoamento do crime", quem as domina, hoje, são as facções, incentivadas pelo tráfico. Para retomar a ideia inicial, o Estado deve resolver os problemas que afetam o sistema carcerário brasileiro, como a superlotação e a desestruturação do sistema prisional, através de maiores investimentos para essa área. Além disso, combater a corrupção nas polícias colaborará para a construção de um sistema mais justo, com possibilidades de ressocialização, no qual se respeita a dignidade da pessoa humana.