O Brasil tem a 4º maior população prisional do mundo, e essa situação tem se agravado. A superlotação nos presídios e a dificuldade de ressocialização do ex-detento, são alguns dos fatores que levam o país a essa colocação no ranking mundial. Logo, é necessário fortalecer os parâmetros da prisão por gravidade do crime, bem como estabelecer medidas que facilitem a reinserção do ex- presidiário na sociedade. Cerca de 250 mil presos no país ainda não foram condenados, e esses, ficam encarcerados sem nenhuma distinção, o que favorece a superlotação dos cárceres, bem como a formação de facções criminosas. Para tanto, é necessário que se faça a separação dos presos por nível de gravidade dos crimes, assim como se faz na determinação da sentença. Essa medida evitará a reincidência de episódios como os que ocorreram em janeiro deste ano, no Rio Grande do Norte e Manaus, nos quais facções criminosas dos próprios presídios que, reivindicavam a superlotação e as péssimas condições oferecidas, assassinaram brutalmente diversos presos. Dentre os mortos, tinham desde homicidas a detentos por atraso de pensão alimentícia. Outro fator determinante são as poucas ou nenhuma oportunidade dada aos ex-detentos, que, aprisionados nesse enlace condenatório da sociedade, retornam à vida do crime. Tendo em vista essa situação, e usufruindo da educação como mola-mestre para a resolução das problemáticas sociais, essa, precisa ser empregada como instrumento de ressocialização, visto que 89% dos presos não estudaram. Esse mecanismo contribuirá para passar mais credibilidade a população que, consequentemente, fornecerá mais oportunidades aos ex -presidiários, possibilitando aos mesmos ter uma vida social harmoniosa e distante do crime. Diante disso, é preciso que os órgãos responsáveis melhorem as condições do sistema carcerário, com a nivelação criminal, bem como com a própria estrutura física, respeitando o número de presos por cela. Além disso, é preciso que se forneça educação aos presos, para facilitar a reinserção desses na sociedade. É de suma importância, também, uma sensibilização por parte das pessoas, concedendo oportunidades de trabalho e lazer aos ex-presos, visto que esses já foram punidos por seus crimes mediante a legislação. Com a união dessas ações, será possível reduzir, gradativamente, a população carcerária brasileira.