É relevante a ideia de que valorizar o homem como ser social significa buscar e alcançar transformações necessárias para uma sociedade mais justa. Nesse contexto, quando se discute sobre o sistema prisional brasileiro, exige-se uma discussão mais ampla sobre a situação precária das penitenciárias onde detentos vivem em condições degradantes. É patente a necessidade de se perceber que não adianta somente punir, mas sim educar e ressocializar o detento. Mas há, igualmente, fatos muito preocupantes, quando sobre a situação precária do sistema carcerário e não se atentar para o fato de que o lugar que deveria reeducar o criminoso se tornou uma escola do crime. De maneira que, deve-se olhar essa questão de modo mais amplo, ou seja, as prisões devem ter nova finalidade, de ressocializar e de recuperar o indivíduo com o propósito de de educá-lo e inseri-lo no mercado de trabalho. O mais sensato, nesse caso, é analisar as questões que envolvem os motivos que levam à reincidência criminal e buscar medidas sociais para resolvê-las. Entretanto atentar para o fato de que tratar o apenado com humanidade é necessário para que ele não volte à vida que tinha e se ressocialize buscando por oportunidades de trabalho e de estudo. O que importa, por conseguinte, é exigir dos governantes políticas carcerárias que garantam a dignidade do preso e medidas preparatórias para o seu retorno social, principalmente oferecendo oportunidades de trabalho e contato familiar. Levando em consideração os aspectos fundamentados ao longo do texto, pode-se compreender que para a mudança desse quadro exige duas intervenções pontuais: de reintegração social e familiar e estabelecer medidas sociais através de ONG´s de direitos humanos oferecendo retorno ao mercado de trabalho, e oportunidades de viver dignamente longe do crime. Com essas iniciativas, entende-se que o abandono do detento no presídio só irá agravar a situação, mas que a ressocialização e a reintegração social poderá diminuir a reincidência ao crime.