A superlotação é a atual situação dos presídios brasileiros, instituição esta que tem como objetivos a punição e reabilitação dos detentos à sociedade, porém, com a condição indigna em que se encontra, enfrenta dificuldades para cumprir seu papel. Entretanto, tal situação é o reflexo do cenário vivido pelo país nos últimos anos. A crise econômica e política do Brasil, é responsável pelo alto índice de desemprego e redução do orçamento destinado à setores estratégicos, como a segurança nacional, resultando no aumento da violência e criminalidade , que segundo dados apresentados pela Infopen, de 2000 a 2014, o número total de presos aumentou em 161%, e por não apresentar condições de absorver este aumento, as penitenciárias encontra-se lotadas. A necessidade de reduzir os gastos públicos gera problemas sociais dentro do país. A educação é de extrema importância à sociedade por estar ligada à formação dos futuros cidadãos de uma nação, e ao reduzir seu investimento, aumenta a chance de marginalização de crianças e jovens, que unida ao descaso do governo, são levadas à criminalidade, tornando ainda mais crítica a situação do país. Portanto, são necessárias medidas para reverter o problema e não somente a construção de novas penitenciárias, como projetos que valorizem e incentivem a educação fora e dentro das carcerárias, além de trabalho de manutenção realizado pelos detentos em escolas, praças, postos de saúde, abrigos públicos e no próprio presídio como forma de redução de gastos públicos, e a criação de programas profissionalizantes que facilitem sua reintrodução no mercado de trabalho, visando diminuir os índices de retorno ao crime. Desta forma é possível eliminar a real causa do problema e não somente diminuir a superlotação do sistema carcerário.