O sistema prisional é idealizado como meio de recuperar cidadãos que infligem a norma social, em vários países europeus está idealização é seguida à risca. Entretanto a realidade brasileira esta distante do propósito inicial, maus tratos, instalações precárias e ineficiência administrativa torna o sistema extremamente ineficiente, transformando o ideal de reabilitação social na realidade de construção criminal. Em prisões modelos em países desenvolvidos, como Noruega, Holanda, Finlândia, raramente há grades, todos os presos são realocados para atividades laborais, que além de custear parte dos gastos também possibilitam que os presos saiam com profissionalização, conseguindo assim se inserir mais facilmente no mercado de trabalho evitando a reincidência criminal como único meio de subsistência. Paradoxalmente, o sistema normativo brasileiro criado para reinserção social tem se tornado uma escola de ódio. No começo do ano de 2017, mais de 50 pessoas foram assassinadas dentro de presídios por mando de facções criminosas rivais, o que evidência a falta de controle que o governo detém sobre as penitenciarias. Ademais, o descaso educacional assim como a superlotação, falta de higiene e sonegação de saúde básica, transforma os presos em propensos reincidentes visto que dificilmente serão inserido em um mercado de trabalho, aumentando exponencialmente a possibilidade de voltarem a criminalidade para à sobrevivência. Fica claro, portanto, que um sistema criado com intuito de reabilitar acaba involuntariamente se tornando um meio cruel de punição, impossibilitando a recuperação social dos detentos, causando a reincidência de delitos, criando assim um ciclo virtuoso. Assim sendo, o governo deveria aplicar referendos em todo sistema prisional nacional, assim como para as famílias dos presidiários, para que eles próprios possam relatar a situação que estão expostos e mudanças que desejariam. Colônias penais agrícolas devem ser priorizadas, para que tanto se reduza gastos quanto ofereça trabalho aos detentos, além disso ONGs devem atuar fiscalizando o aparato governamental, só assim deixaremos de construir criminoso para construir cidadãos.