Com bom senso a ressocialização é possível. Na contemporaneidade, sobretudo no Brasil, é notório que o sistema prisional passa por sérios entraves, principalmente no âmbito governamental e social. Dentre os fatores relevantes, destacam-se: a superlotação e má gestão dos recursos. É cada vez mais explícito os casos de rebeliões e motins nos presídios envolvendo detentos. Essa situação caótica se dá pelas condições insalubres e sub-humanas em que eles se encontram, oriundos de uma superlotação, uma vez que não há divisões entre presos definitivos e temporários gerando uma série de fatores visto que na maioria das vezes os detentos que aguardam julgamento são obrigados a filiar-se a uma facção como forma de sobrevivência e depois saem ainda mais revoltados e indo contra o real objetivo da pena privativa de liberdade, que é ressocialização do internato. Desse modo, pode-se afirmar que o Brasil herdou um legado conturbado e decadente, caracterizado pela prevalência de um governo paralelo, onde os encarcerados ditam as regram e têm total controle da situação, como vimos claramente no filme Carandiru. Além disso, a má gestão dos recursos aliado à uma péssima administração, confirma o que os dados têm mostrado que a cada R$4,00 gastos em presídios, apenas R$1,00 são investidos em educação, agravando ainda mais o problema, pois é indubitável os altos valores designados para a manutenção de toda essa esfera sem o mínimo de retorno no que tange a reinserção do preso . Diante dos fatos mencionados, vemos que a ressocialização do internato é possível desde que haja interação do Ministério Público e Poder Judiciário, através de ações mútuas, montar uma força-tarefa a fim de julgarem os presos temporários. Soma-se a isso, medidas socioeducativas firmadas através de parcerias entre autoridades mantenedoras do sistema carcerário e gestores escolares. Ademais, O Governo em suas três esferas, através de recursos oriundos da União, criar comissões com o fito de investigar aplicação dos recursos.