Título da redação:

Ciclo do caos

Tema de redação: Soluções para a precariedade do sistema carcerário brasileiro

Redação enviada em 23/12/2016

No Livro “Mulheres que sangram”, lançado em 2014, retrata-se a dificuldade vivida pelas presas brasileiras, em que a escassez dos produtos de necessidades básicas, como sabonetes e absorventes, tornam-se moeda de trocas, e as gestantes sofrem com números alarmantes de casos de hemorragia e infecções. Essas ações são reflexos da superlotação, que somado a ausência de atendimento básico, reflete na permanência de um ciclo do caos. A revista nacional “Veja”, em alguma de suas edições, publicou que o sistema carcerário brasileiro feito para 371.000 pessoas, abrigam atualmente mais 600.000. Outrossim, a falta de suporte e atividades que possam gerar um fim social produtivo para esses detentos, contribui para um panorama de percalços imutável. Tais situações são agravadas com o atual sistema burocrático brasileiro, que atrasam os julgamentos, contribuindo para ações que deturpam os direitos humanos e aniquilam as realizações das leis da carta magna brasileira. Segundo Pitágoras, filósofo matemático grego, se educarmos as crianças não será necessário castigar os homens. Então, por ação empírica, nossa conjuntura sofre também com mazelas referente à qualidade do sistema de ensino, uma ausência de educação de caráter politizador, que é refletido na violência, intolerância, crimes e consequentemente mais pessoas vivendo marginalizadas e presas. A falta de atividades e materiais que promovam a cultura, e o ensino as atividades de reintegração social desses indivíduos, também é fator contribuinte para fomentar qualquer contribuição desse ser humano nesse âmbito criminal. Logo, com o fito de interromper a perpetuação dessa problemática, medidas como a criação de cursos profissionalizante gratuitos para o público penitenciário, com intuito de reintegra-los no mercado de trabalho, que unidos a Receita Federal, poderia resultar em barateamento dos impostos arrecadados em detrimento da contratação de pessoas que estão reestruturando suas vidas após um meio criminoso. O investimento do Governo em atendimento as necessidades básicas e agilização dos casos, são ações primordiais nesse processo, que unidos ao investimento em atividades e materiais culturais e educacionais, apresentam papel essencial na formação de uma nova conjuntura, pois nenhuma luta é pouca ou insignificante, porque todas elas são necessárias para uma mudança no quadro social vigente.