Título da redação:

Cárcere

Tema de redação: Soluções para a precariedade do sistema carcerário brasileiro

Redação enviada em 31/10/2017

Nos últimos anos, tem-se visto no Brasil um crítico aumento da população carcerária. De 2000 a 2014 houve um aumento de cerca de 160 por cento de cárceres , segundo dados da Carta Capital. Esta população, contudo, continua sendo mandada para presídios que são estruturalmente incapazes de abriga-los e que oferecem condições precárias para a saúde mental e física de qualquer pessoa. Este problema pode ser explicado por várias vertentes, mas a negligência a qual o sistema carcerário é submetida é certamente a principal. É sabido que no país, o número de detentos é bem maior do que a capacidade máxima dos presídios. Sabe-se também que o número de agentes penitenciários bem treinados é bem menor do que o necessário. Essas questões acarretam sérios problemas, e muitas vezes a reclusão social causa inúmeros danos sociais. Uma pessoa que é presa por roubo leve pode sair da prisão viciada em drogas, por exemplo, já que é de conhecimento geral que na maioria dos presídios os reclusos tem acesso a celulares, televisões e até mesmo a drogas. Contudo, outro problema é acarretado pelo alto contingente carcerário. O presídio deve oferecer um sistema de apoio para que haja a real possibilidade de reinserção social da comunidade carcerária após o cumprimento da pena. Tal medida seria eficaz, já que de acordo com o Infopen , aproximadamente 66 por cento dos detentos cometeram crimes leves, como roubo de comida ou roupas, por exemplo. Porém, devido ao grande número de presos, essa é uma realidade praticamente utópica em nosso país, onde os presídios não oferecem nem condições básicas de saúde, saneamento básico e segurança. Portanto, precisa-se criar mecanismos para diminuir a precariedade do sistema carcerário. O Ministério Público deve direcionar capital para os presídios, visando melhorar a estrutura física dos mesmos, bem como auxiliar na construção de novos centros de reabilitação social. Além disso, juntamente com a Secretaria de Educação, é necessário implantar nos presídios cursos de alfabetização e técnicos profissionalizantes, para que ao fim da pena o detento seja um profissional capaz atender as necessidades do mercado de trabalho, evitando que em longo prazo ele cometa novamente um crime e volte a fazer parte da população carcerária.