Vive-se, hoje, uma séria crise no sistema prisional brasileiro. Entre vários problemas como lentidão nos processos, corrupção de recursos destinados a melhoria dos presídios, ainda tem a superlotação, que faz com que ao invés de recuperar o detento o torna “escravo da situação” reincidindo no crime, em muitos casos. Além disso, há um sentimento, quase que geral na população, de vingança ao preso ao invés de justiça para o mesmo. A sociedade ainda não se deu conta que esse problema tende a aumentar já que se não houver uma ressocialização de verdade, que dê condições àqueles que estão sendo reinseridos na comunidade eles só terão um caminho ao sair da prisão: a volta para a criminalidade. Ainda se tem como exemplo, sobre um dos efeitos da superlotação e falta de estrutura nos presídios, a rebelião que ocorreu na penitenciária de Alcaçuz no Rio Grande do Norte, entre os dias 14 e 15 de janeiro deste ano de 2017, vitimando 26 detentos. Segundo o site da CJU (Conselho Nacional da Justiça) a população carcerária cresceu 83 vezes nos últimos 70 anos, ficando o Brasil entre os países que mais encarceram no mundo, com mais de 600.000 presos atualmente com pouca infraestrutura para isso. Isso evidencia a necessidade e urgência de atitudes que resolvam, definitivamente ,este caos no sistema presidiário brasileiro. Diante dessa situação, deve-se primeiramente, criar-se uma cultura de ajuda por parte da população em relação ao reeducando que está saindo da prisão. Eliminando o preconceito e dando oportunidades de trabalho para o mesmo. Por outro lado, os governantes podem contribuir diminuindo a carga tributária das empresas que contratam ex- presidiários, como recompensa. Outra opção, ainda, seria a elaboração de leis que permitam o “perdão” para os crimes mais brandos. Ou seja, para amenizar os problemas do sistema prisional, principalmente a superlotação, deve-se haver um desencarceramento com o “perdão” ou, pelo menos, com menor reincidência de volta para o presidio.